“PEJOTIZAÇÃO” E EMPREENDEDORISMO DE SOBREVIVÊNCIA: UMA ANÁLISE CRÍTICA AO REGIME DO MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL

Autores

Resumo

O regime do microempreendedor individual (MEI) representa, em sua concepção, uma solução institucional que absorve dois movimentos distintos da realidade econômica brasileira: o impulso voluntário de empreender com foco em oportunidade e a urgência de gerar renda diante do desemprego. Esses dois vetores — oportunidade e necessidade — convivem e moldam o perfil do microempreendedor no Brasil contemporâneo. Nesse contexto, este artigo científico analítico avaliou como o empreendedorismo formalizado segundo o regime do MEI, seja por necessidade ou em decorrência da “pejotização” imposta pela economia, pode se tornar um risco ao cidadão brasileiro, e ainda, propõe um comparativo com uma modalidade societária individual alternativa, ou seja, a sociedade limitada unipessoal (SLU). Por meio de uma pesquisa de natureza qualitativa apoiada em levantamento bibliográfico, análise interpretativa de legislações, bases institucionais e na observação de fatos socioeconômicos, foi possível constatar que é fundamental diferenciar os estágios do ciclo empreendedor. Pois, enquanto os modelos mais simplificados atendem bem à fase inicial, o amadurecimento do negócio exige estruturas jurídicas mais completas, que garantam maior proteção ao patrimônio pessoal e ofereçam margem para crescimento planejado. Afinal, a escolha do modelo jurídico mais adequado não depende apenas da receita ou do porte do empreendimento, mas também da perspectiva de evolução que o empreendedor possui. Dessa forma, manter-se indefinidamente em regimes pensados para operação reduzida pode limitar a inovação, a competitividade e a diversificação de atuação, isso tende a comprometer o desempenho do negócio a médio e longo prazo.

Biografia do Autor

Brenda Kathlen Tomaz de Oliveira, Universidade Federal de Uberlândia (FACIC-UFU)

Graduanda em Ciências Contábeis pela Faculdade de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Uberlândia. Orcid: https://orcid.org/0009-0003-2430-0315. e-mail: brendatomazdeoliveira@ufu.br.

Julia Ribeiro Lima, Universidade Federal de Uberlândia (FACIC-UFU)

Graduanda em Ciências Contábeis pela Faculdade de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Uberlândia. Orcid: https://orcid.org/0009-0009-7939-4164. e-mail: juliarl@ufu.br.

Carlos Roberto Souza Carmo, Universidade Federal de Uberlândia

Doutor pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP) (2020). Mestre em Ciências Contábeis pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) (2008). Especialização em Ciência de Dados e Big Data Analytics (2024). Especialização em Data Mining (2024). Especialização em Análise e Desenvolvimento de Sistemas em Python (2023). MBA em Controladoria e Finanças (2001). Bacharel em Ciências Contábeis (1999). Professor da Faculdade de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Uberlândia (FACIC-UFU).

Downloads

Publicado

25/06/2025