BEM-ESTAR ANIMAL NA BOVINOCULTURA DE CORTE E SUA INFLUÊNCIA NA QUALIDADE DA CARNE: UMA REVISÃO
Resumo
A questão do bem-estar animal tem ganhado relevância, especialmente devido à posição de destaque do país como um dos maiores exportadores de carne bovina do mundo. Desta forma, o presente trabalho tem por objetivos realizar uma revisão narrativa de literatura sobre as práticas de bem-estar animal na bovinocultura e seus efeitos econômicos no atual setor da agropecuária brasileira, demonstrar as vantagens de instalações e manejo adequados que atendam às exigências do programa de bem-estar animal e provocar a reflexão ética o bem-estar na cadeia alimentícia. Sabe-se que as cinco liberdades são bons parâmetros para identificar o mínimo de qualidade de vida dos animais de produção, e sua aplicação no sistema produtivo influi na qualidade do produto final. O conceito de qualidade da carne pode ser definido por meio das características sensoriais, visuais, nutricionais e parâmetros de segurança, e pode ser avaliado através das características organolépticas. Em um mercado consumidor cada vez mais exigente com o bem-estar e com a qualidade dos produtos que consome, fica evidente o quanto a sustentabilidade é de suma importância na pecuária, tanto para proteção do meio ambiente quanto para o bem-estar dos animais e a qualidade dos seus produtos. Os animais devem ter um bom manejo pré e pós-abate, devido aos defeitos que podem surgir na carne, como o escurecimento e exsudação do produto, além do risco da disseminação de doenças transmissíveis que contaminem os demais do rebanho. Portanto, a adoção de boas práticas de manejo e o investimento no bem-estar animal, é essencial para garantir a eficiência produtiva do rebanho e assegurar a competitividade e sustentabilidade do setor.