INTERVENÇÕES FISIOTERAPÊUTICAS EM CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: BENEFÍCIOS E PERCEPÇÕES FAMILIARES

Autores

  • Everton Pires de Paiva
  • Cássio Resende de Morais

Resumo

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento que afeta a comunicação, a interação social e resulta em comportamentos restritivos e repetitivos, manifestando-se desde os primeiros anos de vida. Nos últimos anos, a prevalência do TEA tem aumentado de maneira considerável, trazendo grandes desafios para os sistemas de saúde, especialmente no que diz respeito à aplicação de tratamentos adequados. Nesse sentido, torna-se cada vez mais urgente encontrar abordagens terapêuticas que ajudem essas crianças a desenvolverem suas habilidades e, ao mesmo tempo, promover sua inclusão social. Nesse sentido, a fisioterapia tem se destacado como uma intervenção eficaz. Por meio de diferentes técnicas, os fisioterapeutas buscam melhorar a coordenação motora, a força muscular, o equilíbrio e a independência das crianças com TEA em suas atividades cotidianas. Diante desse cenário, este trabalho teve como objetivo investigar os benefícios das intervenções fisioterapêuticas para crianças com TEA, através das percepções das famílias envolvidas. Foi aplicado um questionário para 10 pais de crianças com TEA, buscando verificar o nível de satisfação relacionado a evolução dos pacientes junto às intervenções fisioterápicas. Foi verificado que a maioria dos entrevistados tinham menos de 30 anos, pais de filhos com TEA de 3 a 5 anos de idade, sendo que a grande maioria foram diagnosticados há 2 ou 3 anos. A maioria das crianças com TEA fazem tratamento uma vez por semana há mais de 2 anos. A maioria dos pais consideram a qualidade das sessões como sendo excelente, reconhecendo a evolução dos filhos ao que diz respeito a coordenação motora, equilíbrio, força e independência. Em relação a atuação do fitoterapeuta, o questionário revelou que os pais estão muito satisfeitos, destacando que as orientações por parte do profissional ocorrem com clareza. Dificuldade de deslocamento, disponibilidade de horários e questões econômicas configuram-se os principais fatores relacionados a dificuldade de adesão às abordagens fisioterapêuticas.

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Publicado

23/03/2025