Encefalopatia Espongiforme Bovina: Transmissão da doença, os materiais de risco específico e envio de material ao laboratório em caso de suspeita de EEB

Encefalopatia Espongiforme Bovina

Autores

  • Laryssa Freitas Ribeiro Fundação Carmelitana Mário Palmério
  • LUCAS JOSÉ BERETTA

Resumo

A Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEP) também conhecida do Inglês como Bovine Spongiform Encephalopathy(BSE) é uma doença degenerativa fatal e transmissível do sistema nervoso central (SNC) de bovinos com longo período de incubação. Diagnosticada pela primeira vez em 1986, na Europa, se enquadra nas encefalopatias espongiformes transmissíveis que inclui também enfermidades como Scrapie em ovelhas e cabras e a doença crônica do cervo e do alce, além disso causa a doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) em humanos, relatados em jovens com idade inferior a 30 anos. Em bovinos, é provocada pela proteína denominada de príon, ao qual existem duas formas, a clássica e a atípica, sendo importante as diferenciar devido as diferentes características epidemiológicas entre elas.  O agente da EEB possui três tipificações, conforme seu peso molecular, a qual pode ser visualizada pela técnica de Western Blotting, sendo: na clássica, príon de peso molecular considerado padrão, na atípica, príon de peso molecular alto, causador da EEB atípica tipo H (high) e príon de peso molecular baixo, causador da EEB atípica tipo L (low). A EEB clássica tem como sua principal via de transmissão a oral, ou seja, por meio de alimentos contendo príons contaminantes que costuma acometer animais de dois a sete anos de idade. Um exemplo da infecção ocorre pela ingestão da farinha de carne e ossos e em alguns subprodutos que contenha resíduos de ruminantes. Na EEB atípica, o animal contrai a doença espontaneamente, da proteína normal com o passar da idade, sem estar relacionado à ingestão de alimentos contaminados pelo príon, sendo que, nessa forma, o período de incubação é maior e ocorre em bovinos com sete anos ou mais.

 

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Publicado

09/03/2023