CRIMES CONTRA A PROPRIEDADE INTELECTUAL NO ÂMBITO DA MODA: UMA ANÁLISE DOGMÁTICA DO PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL

Autores

Resumo

Com a expansão do mundo da moda, impulsionada pelas grandes marcas por meio de influencers, propagandas agressivas e manutenção do ideal de exclusividade, as questões voltadas aos delitos contra a propriedade intelectual no âmbito fashion ganham evidência. O problema central volta-se à criminalização da pirataria em um contexto permeado pela desigualdade socioeconômica e pelos mecanismos do sistema capitalista de incentivo ao consumo. O objetivo principal é avaliar a possibilidade da aplicação da adequação social nesses delitos, em razão da baixa lesividade às grandes marcas e a aceitação social da pirataria como inclusão simbólica. O estudo faz uso da metodologia qualitativa, com revisão bibliográfica sobre a teoria de Hans Welzel e a dinâmica de consumo contemporânea, bem como o uso do método dedutivo, partindo dos requisitos para a aplicação da adequação social. Os resultados demonstram que a pirataria é socialmente tolerada no Brasil, visto que é responsável por democratizar o acesso, sendo de baixa reprovabilidade e impacto. Portanto, a teoria da adequação social retira a tipicidade material da conduta, impossibilitando a responsabilidade penal do agente. 

Biografia do Autor

Larissa de Sá Hisnauer, Universidade Estadual Paulista (UNESP) - Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (FCHS)

Graduanda em Direito pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (FCHS) e bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica da Unesp/REITORIA

Renan Posella Mandarino, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da UNESP/Franca

Professor Assistente Doutor da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da UNESP/Franca. Docente do Programa de Mestrado e Doutorado em Direito (PPGD). Doutor em Ciências Jurídicas pela UENP/Jacarezinho. Mestre em Direito pela UNESP/Franca.

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Publicado

14/07/2025