A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E A PRODUÇÃO DE MAIS-VALOR
A REPRODUÇÃO CONTEMPORÂNEA DO CAPITAL, O PAPEL DA FORMA JURÍDICA E A PRECARIZAÇÃO DA CONDIÇÃO DO TRABALHADOR
Resumo
O presente artigo busca um estudo do implemento da inteligência artificial como tecnologia disruptiva no mercado de trabalho. A partir daí, focando-se a análise no conceito-base de mais-valor, construído por Karl Marx, delineia-se a pesquisa que, em um primeiro momento, trabalha com o conceito de pensador alemão, partindo-se para o estudo do grau de inovação da inteligência artificial no Brasil e no mundo, finalizando-se a empreitada científica, antes de se adentrar à conclusão, por uma avaliação dos dados econômicos recentes do Brasil, mormente no que se refere aos níveis de emprego e inserção dessas novas tecnologias como molas propulsoras para uma reestruturação produtiva. Os dados colhidos permitem concluir por uma tendência no mercado de trabalho, tendência esta que contempla a inserção maciça da inteligência artificial como forma eficiente de extração do mais-valor, perquirindo-se de como o poder econômico e o Estado manterão o trabalho em níveis adequados para que continue a extração do mais-valor nos moldes tradicionais concebidos pela teoria econômica marxista. A aposição da requalificação laborativa geralmente é colocada como vetor que pode auxiliar o capitalista o Estado com esse desiderato. Adota-se o método hipotético-dedutivo, cumprindo importante função ao levantamento bibliográfico, expresso pelas doutrinas nacional e estrangeira.