EDUCAÇÃO INTEGRAL E EMANCIPAÇÃO HUMANA
ANÁLISES CRÍTICAS DAS LEGISLAÇÕES BRASILEIRAS E PERSPECTIVAS DO PENSAMENTO EDUCACIONAL
Resumo
Este artigo explora os desafios e as perspectivas para a implementação de uma educação integral e emancipadora no Brasil, com foco na politecnia e na omnilateralidade como alternativas ao modelo educacional fragmentado e voltado para o mercado de trabalho. A partir da análise de legislações como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), o Plano Nacional de Educação (PNE) e as reformas do ensino médio, são destacadas as tentativas de integrar o ensino técnico à formação geral, visando formar cidadãos críticos e preparados para atuar na sociedade de forma transformadora. Contudo, as barreiras estruturais e a pressão para atender exclusivamente às demandas econômicas dificultam a efetivação de uma educação que priorize o desenvolvimento humano pleno e a cidadania ativa. Autores como Gaudêncio Frigotto, Dermeval Saviani e Marise Ramos fundamentam o estudo, enfatizando a necessidade de unir teoria e prática para romper com a lógica utilitarista que predomina na educação profissional. O artigo destaca também a dualidade histórica entre ensino técnico e acadêmico no Brasil, que persiste em moldar a educação de maneira compartimentada, comprometendo uma formação verdadeiramente omnilateral. Conclui-se que, para consolidar uma educação que vá além da capacitação para o trabalho, é necessário um compromisso das políticas públicas em garantir infraestrutura, valorização docente e recursos adequados, promovendo uma educação crítica que contribua para a transformação social e a construção de uma sociedade mais justa e democrática.
PALAVRAS-CHAVE: Educação integral; Politecnia; Omnilateralidade; Formação técnica; Emancipação humana.