ESCOLA PÚBLICA: TENSIONAMENTOS A PARTIR DOS PENSAMENTOS DE ROUSSEAU E KANT
Resumo
O presente artigo busca problematizar acerca das discussões sobre a educação que têm se estendido por milênios, sem que tenhamos chegado a um consenso absoluto com respeito aos fundamentos que devem orientá-la. Atualmente, presenciamos um importante debate acerca de uma escola pública de qualidade em contraposição a uma escola pública baseada em dados meramente quantitativos e baseados em métodos e avaliações de larga escala que desconsideram toda e qualquer possibilidade de estabelecimento de uma educação mais humana, democrática e que respeite as diversas espacialidades e temporalidades que perpassam o ambiente escolar. Presenciamos, nesse contexto, uma crescente valorização dos processos avaliativos de mensuração que desconsideram as potentes práticas de aprendizagem que ocorrem no espaço público escolar e que o torna cheio de devires e possibilidades para um conhecimento que garanta aos educandos a problematização concernente a sua vida e ao espaço que o rodeia. Cabe ressaltar que, a instituição de uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC), põe em xeque a autonomia do ensino e da aprendizagem no ambiente escolar, buscando a padronização, homogeneização e captura dos tempos e dos espaços, propiciando um modelo de educação aprisionador das potencialidades e que permite a ação das amarras de um modelo neoliberal e injusto. Destarte, neste artigo, o objetivo é tratar dessa questão, tendo como pano de fundo, o tensionamento e a problematização dos pensamentos de Rousseau e Kant. Nesse viés, a hipótese que se defende sugere que a educação é responsável pela formação do homem e isso será demonstrado a partir de aspectos da filosofia de ambos os filósofos.Downloads
Publicado
01/04/2019
Edição
Seção
Artigos