MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL E DINÂMICA ECONÔMICA: RENDA, INCLUSÃO E CIDADANIA EMPRESARIAL

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Resumo

Ao reunir elementos jurídicos, econômicos e sociais, este artigo propõe uma análise crítica acerca do regime do microempreendedor individual (MEI) como instrumento de política pública e vetor de transformação estrutural. Partindo do princípio que a simplificação administrativa, aliada à redução de custos e obrigações, pode estimular a formalização voluntária e sustentável de microempreendedores, esta pesquisa teve como objetivo geral avaliar como o MEI pode constituir-se em uma ponte entre a informalidade e a regularização produtiva, contribuindo para a inclusão social e cidadania econômica, além de impactar positivamente na ampliação da base tributária nos níveis federal, estadual e municipal. Utilizando método fenomenológico este estudo foi orientado por uma abordagem descritiva e analítica, considerando o presente artigo científico como instrumento de classificação, definição e interpretação dos elementos centrais acerca do tema analisado. Ao final, foi possível observar que muito mais que uma solução paliativa à informalidade, o MEI é um instrumento valioso enquanto plataforma de cidadania econômica. Observou-se ainda que, apesar dos riscos inerentes à responsabilidade ilimitada e das limitações quanto ao crescimento escalável, o MEI tem se mostrado um instrumento de alto valor estratégico, especialmente quando inserido em políticas públicas mais amplas, que combinem capacitação, acesso a mercados, incentivo à transição para modelos empresariais mais robustos e acompanhamento técnico. Contudo, a permanência prolongada nesse regime pode se tornar um fator de estagnação, se não houver estímulos efetivos para que o empreendedor amplie sua atividade e migre, quando for o caso, para regimes empresariais mais robustos e compatíveis com seu crescimento.

Biografia do Autor

Julia Ribeiro Lima, Universidade Federal de Uberlândia (FACIC-UFU)

Graduanda em Ciências Contábeis pela Faculdade de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Uberlândia. Orcid: https://orcid.org/0009-0009-7939-4164. e-mail: juliarl@ufu.br.

Brenda Kathlen Tomaz de Oliveira, Universidade Federal de Uberlândia (FACIC-UFU)

Graduanda em Ciências Contábeis pela Faculdade de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Uberlândia. Orcid: https://orcid.org/0009-0003-2430-0315. e-mail: brendatomazdeoliveira@ufu.br.

Carlos Roberto Souza Carmo, Universidade Federal de Uberlândia

Doutor pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP) (2020). Mestre em Ciências Contábeis pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) (2008). Especialização em Ciência de Dados e Big Data Analytics (2024). Especialização em Data Mining (2024). Especialização em Análise e Desenvolvimento de Sistemas em Python (2023). MBA em Controladoria e Finanças (2001). Bacharel em Ciências Contábeis (1999). Professor da Faculdade de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Uberlândia (FACIC-UFU).

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Publicado

25/06/2025

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Artigos