COTAS LEGISLATIVAS DE GÊNERO: IMPACTOS NAS ELEIÇÕES DE 2022 E DESAFIOS REMANESCENTES À DEMOCRACIA PARITÁRIA

Autores

  • Maria Vitória Silva Figueiredo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)
  • Emily Nobre Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)

Resumo

A despeito de as mulheres comporem a maioria do eleitorado brasileiro, ainda estão seriamente sub-representadas nos espaços públicos de poder. Diante desse cenário, o presente artigo propõe uma análise das implicações das cotas de gênero estabelecidas no Fundo Especial de Financiamento de Campanha no que concerne às candidaturas femininas nas eleições de 2022 e seu impacto na representatividade, considerando as mulheres eleitas neste pleito. Para tanto, o presente estudo se fundamentará nas raízes históricas das desigualdades de gênero, no âmbito político, no Brasil, examinando, também, questões referentes às violências políticas contra mulheres, as quais representam a principal óbice a uma efetiva participação na esfera política. Ademais, será analisada a evolução legislativa da conquista dos direitos políticos pelas mulheres, desde o Código Eleitoral de 1932 até as normas recentes de combate à violência política e institucional de gênero. Por fim, a pesquisa contemplará, ainda, as ações afirmativas implementadas por lei, com o objetivo de fomentar a participação feminina nos cargos eletivos, examinando, por conseguinte, a eficácia dessas leis na promoção de uma Democracia paritária e os desafios que ainda assolam a representatividade de mulheres na política brasileira, tais como as anistias.

Biografia do Autor

Maria Vitória Silva Figueiredo, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)

Advogada, mestranda em Direito Constitucional pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), graduada em Direito pela mesma Universidade, integrante do Grupo de pesquisa “Direito, Discriminação de Gênero e Igualdade” e assistente na matéria “Optativa Direito e Gênero”, na PUC-SP. Pesquisadora do Núcleo de IA e Gênero, no projeto "O Crime de Estupro no Sistema de Justiça Brasileiro: análise sóciojurídica de gênero", desenvolvido pela PUC-SP em parceria com Associação Lawgorithm e IME/SP.

Emily Nobre, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)

Advogada, mestranda em Direito Administrativo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), pós-graduada em Compliance pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), pós-graduada em Direito Administrativo pela UNIFOR. Membro da Comissão de Compliance da OAB/SP. 

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Publicado

08/04/2024