FORMAÇÃO EM SAÚDE: REPRESENTAÇÕES DE ACADÊMICOS SOBRE METODOLOGIAS ATIVAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Resumo

Este estudo aborda a temática formação profissional, tomando como referência conhecimentos comuns, socialmente compartilhados por acadêmicos da área da saúde, sobre metodologias ativas de ensino e aprendizagem. Traçando inicialmente um cenário da formação do profissional de saúde no Brasil, o estudo aponta que ao longo do tempo os currículos priorizaram a ciência e a técnica, bem como os modos de ensinar e aprender tradicionalmente mais conhecidos, o que justifica mudanças nas políticas de formação e busca de estratégias formativas complementares. As políticas de formação resultam de movimentos sociais de base que fazem emergir propostas de mudança e, uma vez, implementadas e avaliadas, asseguram transformações. No bojo do ensejo por mudanças situam-se as metodologias ativas de ensino e aprendizagem, cujos fundamentos são construídos sobre o protagonismo do estudante, a atitude proativa dos docentes, a qualificação das instituições e o perfil de um profissional apto a intervir na realidade social, transformando-a e transformando-se. Assim, este estudo levanta, junto a acadêmicos da área da saúde, representações a respeito de metodologias ativas de ensino e aprendizagem. As representações identificadas apontam receptividade dos acadêmicos em relação às estratégias de ensino sem, no entanto, evidenciar necessidade de compreensão de conteúdos que fundamentam as metodologias. Como sujeitos sociais os acadêmicos compartilham, reelaboram e buscam no ensino, a qualificação para o trabalho e um espaço de ação na sociedade. Deste modo, são elementos centrais da representação a busca por otimização da aprendizagem e o ensejo de autonomia intelectual. PALAVRAS-CHAVE: Formação profissional saúde; Representações sociais.