INCLUSÃO ESCOLAR: QUANDO O DIREITO NÃO SE CONCRETIZA

Autores

  • Wanda Mendes de Oliveira Centro Universitário Mário Palmério
  • Tatiana Benevides Magalhães Braga
  • Marciana Gonçalves Farinha

Resumo

O presente artigo analisa a distância entre a garantia legal da educação inclusiva e os desafios encontrados em sua efetivação. Para tanto, apresenta o caso de Paula, mãe de uma criança com síndrome de Down. Os dados foram colhidos a partir dos registros realizados em seu atendimento no Plantão Psicológico realizado em uma instituição voltada a pessoas com deficiência. A análise dos dados pautou-se na perspectiva fenomenológica existencial, buscando descrever a vivência de Paula frente às dificuldades de inclusão do filho na escola. Como resultados, Paula relatou ansiedade, sobrecarga e sentimentos de esgotamento, intensificados pelas dificuldades de adaptação escolar, enfrentadas pelo filho, que revelam as contradições entre o que prevê a legislação e a realidade vivida pelas famílias. O acompanhamento favoreceu a ampliação da rede de apoio, reflexões sobre dispositivos maternos e a reorganização da rotina familiar, promovendo também o autocuidado materno. Aponta-se também para a relevância de práticas psicológicas breves, como o plantão, que reconheçam o sofrimento materno em sua dimensão social, familiar e institucional. Conclui-se que o plantão psicológico pode colaborar não apenas para o fortalecimento subjetivo das cuidadoras, mas também para a efetivação da inclusão escolar e social de crianças com deficiência, reforçando a necessidade de políticas intersetoriais que distribuam responsabilidades de cuidado.

 

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Publicado

04/09/2025

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Artigos