Contabilidade Criativa: Brechas nas normas contábeis ou fraude contábil? Uma análise das maiores fraudes mundiais

Autores

  • Geovane Camilo Santos Universidade Federal de Uberlândia
  • Rayne Martins Silva Universidade Federal de Uberlândia

Resumo

A Contabilidade é uma ciência social e, como tal, está sujeita à interferência do homem, podendo esse influenciar nos resultados de uma empresa, mediante a escolha de procedimentos a serem adotados ou, ainda, aproveitando as brechas encontradas na referida ciência. Nesse contexto, encontra-se a Contabilidade Criativa que, conforme a teoria é definida como uma manipulação de resultados. O uso desse tipo de contabilidade leva a empresa a apresentar uma aparência melhor do que ela tem na realidade. O presente estudo tem como objetivo analisar as fraudes contábeis de maior repercussão mundial relacionadas com a Contabilidade Criativa, mostrando que tanto a fraude quanto a manipulação contábil assemelham-se por ferir os princípios contábeis e prejudicar os usuários que dependem das informações divulgadas. Por mais que esse gerenciamento de resultados seja permitido por lei, na prática, lesa as normas, os princípios e, principalmente, o código de ética, assemelhando-se com a fraude. A amostra do presente artigo foi constituída pelas empresas que se destacaram mundialmente em virtude de algum escândalo contábil, entre as quais se destacam: Banco Panamericano, Carrefour, Enron, Parmalat, Petrobras, Xerox e WorldCom. Essas entidades utilizaram a Contabilidade Criativa para alterar resultados e, como consequência, prejudicaram seus usuários, enquanto elas eram beneficiadas. Contudo, a médio e longo prazo, essas práticas adotadas pelas empresas foram reveladas pela fiscalização e se tornaram alvo de escândalo mundial. Além disso, as companhias envolvidas tiveram prejuízos, multas e até mesmo casos de falência. Conclui-se, portanto, que o ato criativo apresenta consequências sérias, tanto para as empresas envolvidas quanto para seus stakeholders.

Biografia do Autor

Geovane Camilo Santos, Universidade Federal de Uberlândia

Prof. Universidade Federal de Uberlândia. Especialista em Planejamento e Gestão Tributária pelo Centro Universitário de Patos de Minas. Bacharel em Ciências Contábeis pelo Centro Universitário de Patos de Minas.

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Publicado

13/05/2016

Edição

Seção

Artigos