AS IMPLICAÇÕES DOS TIPOS DE BLOCKHOLDERS NA CRIAÇÃO DE VALOR EM COMPANHIAS LISTADAS NO BRASIL

Autores

  • Tadeu Grando
  • Francisco Antônio Mesquita Zanini
  • Suelen Correa
  • Débora Gomes de Gomes

Resumo

Estudos pregressos sugerem que os blockholders, acionistas com participação maior ou igual a 5%, podem interferir na eficiência gerencial e, consequentemente, no valor das empresas, sobretudo no contexto americano. Entretanto, poucos estudos abordaram a questão da relação da diversidade dos blockholders com o valor das empresas, sobretudo em países emergentes. Neste sentido, o objetivo deste estudo é avaliar as implicações da diversidade dos tipos de blockholders na criação de valor, em empresas de capital aberto listadas no Brasil. A amostra da pesquisa compreende 240 empresas brasileiras não financeiras, com dados de 2010 a 2016. Metodologicamente, para atendimento dos propósitos deste artigo, configuraram-se duas regressões por mínimos quadrados ordinários, com dados em painel, conforme as métricas de criação de valor consideradas nesta pesquisa, Q de Tobin (Q) e Retorno (R). Os resultados gerais indicam relação negativa entre a diversidade de tipos de blockholders, presentes na estrutura de propriedade das empresas e as métricas de criação de valor. O aumento dos conflitos de interesse nas decisões corporativas e os problemas de comunicação entre os diferentes tipos de acionistas (blockholders), atrelados à pulverização acionária das ações, em posse dos controladores nas empresas brasileiras é a principal explicação destes resultados. Os resultados deste estudo contribuem para avanços na literatura nacional e internacional sobre o tema, demonstrando que a entrada de diferentes tipos de acionistas com participação relevante no quadro societário (blockholders) acentua os conflitos entre os acionistas.

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Publicado

09/09/2020

Edição

Seção

Artigos