INFLUÊNCIA DA SACAROSE NA CARIOGENICIDADE DO BIOFILME DENTAL

Autores

  • Diogo Henrique Rabelo Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto- Universidade de São Paulo (FORP/USP) https://orcid.org/0000-0002-2630-2504
  • Antonio Assis Leandro Junior Mestrando em Odontopediatria pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto- Universidade de São Paulo (FORP/USP)
  • Marília Rodrigues Moreira Professora na Escola Técnica de Saúde da Universidade Federal de Uberlândia (ESTES/UFU)

Resumo

A cárie dentária é a condição crônica de saúde mais prevalente em todo o mundo, sendo definida como uma doença biofilme-açúcar dependente, decorrente de uma disbiose microbiana devido a fatores externos, como a presença de carboidratos fermentáveis da dieta e a falta de higiene bucal. Nesse sentindo, objetivo do presente trabalho foi de revisar a literatura acerca da influência da sacarose na formação do biofilme cariogênico e sua relação com o desenvolvimento da cárie dentária. O estudo se constitui como uma pesquisa qualitativa bibliográfica e exploratória. Foram selecionados 63 estudos publicados nos últimos dez anos. Estudos têm demonstrado que a sacarose e a frequência de seu consumo desempenham um papel crucial na formação do biofilme cariogênico, além de ser um açúcar facilmente fermentado a ácidos, é único que é substrato para a síntese de polissacarídeos extracelulares (PECs) solúveis e insolúveis em água por bactérias cariogênicas, como o Streptococcus mutans. Além disso, quando a sacarose é fornecida em excesso, S. mutans consegue armazenar o excesso de açúcar em grânulos intracelular como polissacarídeos intracelulares (PICs). Portanto, pode-se concluir que a sacarose desempenha um papel fundamental na formação e estruturação do biofilme cariogênico e no desenvolvimento da cárie dentária. Seu potencial para formar glucanos que permitem a adesão bacteriana e a difusão de ácidos orgânicos por um maior tempo sobre o dente, sendo esses fatores que contribuem para a virulência do biofilme cariogênico. Nesse sentindo, para o máximo controle da cárie dentária deve-se incentivar a redução do consumo de sacarose e a adoção de práticas de higiene bucal adequadas.

Biografia do Autor

Diogo Henrique Rabelo, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto- Universidade de São Paulo (FORP/USP)

Doutorando em Ciências (área de concentração: Odontopediatria) pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FORP/USP), com ênfase em Cariologia- Departamento de Ciências BioMolecures da FCFRP/USP (GEP- Grupo de Estudos em Biofilme); Mestre em Imunologia e Parasitologia Aplicadas pela Universidade Federal de Uberlândia- PPIPA/ ICBIM/ UFU (2022) - linha de pesquisa: imunobiologia dos processos alérgicos, autoimunes e tumorais; Especialista em Odontopediatria pela ABO-regional Uberlândia/MG (2024); Especialização em Metodologias Ativas e o uso de Tecnologias no Ensino em Saúde- Fac. Anhanguera (2023); Especialização em Saúde Pública pela Universidade Paulista- UNIP (2020) e graduado em Odontologia pelo Centro Universitário do Triângulo- UNITRI (2019). 

Antonio Assis Leandro Junior, Mestrando em Odontopediatria pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto- Universidade de São Paulo (FORP/USP)

Possui graduação em Odontologia pelo Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos - UNIFEB (2016). Premiado como melhor aluno da 29a turma de odontologia, recebendo honra ao mérito pelo UNIFEB, APCD Paulista e CROSP. Experiência na área de Laminados, como Lente de Contato Dental e Fragmento Cerâmico, pelo Centro de Odontologia Estética - COE. Atuou como professor no Curso de Auxiliar de Saúde Bucal da UNINTER (Polo Barretos) 2018-2021. Atuou como pesquisador voluntário em projetos em conjunto com a Universidade Federal Fluminense, do Instituto de Saúde de Nova Friburgo-RJ (UFF-ISNF) nas linhas de pesquisa de prevenção, periodontia, cicatrização, doenças sistêmicas e ozonioterapia. Fiz estágio durante 6 meses no Hospital de Amor (HA) de Barretos (2020).  Residência de Odontologia Hospitalar (5.760 horas) com ênfase em Pediatria Oncológica no Hospital de Amor (HA) de Barretos (2021-2023) fazendo atendimento humanizado nas Unidades do Hospital Oncológico Infantojuvenil e Adulto, Santa Casa de Misericórdia de Barretos, Unidades Básicas de Saúde, Hospital Nossa Senhora (Covid-19), Prevenção e Hospital São Judas Tadeu (Paliativo), tendo experiência em todos os setores como: Ambulatório, Pronto Socorro, Enfermaria, UTI, Centro Infusional, e Transplante. Cursando Mestrado Acadêmico no Programa de Pós Graduação Stricto Sensu de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP/USP); Capacitação no Atendimento de Pacientes com Necessidades Especiais (FORP/USP); Prática Profissionalizante no Atendimento de Crianças com Disfunção Temporomandibular (FORP/USP) e Especialização em Acupuntura e Odontopediatria (FORP/USP). 

Marília Rodrigues Moreira, Professora na Escola Técnica de Saúde da Universidade Federal de Uberlândia (ESTES/UFU)

Possui graduação em Odontologia, especialização em Odontopediatria e mestrado em Odontologia pela Universidade Federal de Uberlândia, mestrado em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP/USP) e doutorado em Odontopediatria pela Universidade de São Paulo- Ribeirão Preto (FORP/USP). Atualmente é professora na Escola Técnica de Saúde da UFU e no curso de especialização em Odontopediatria da ABO/Uberlândia. Apresenta uma formação multidisciplinar, desenvolvendo atividades de pesquisa, ensino e extensão. 

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Publicado

15/12/2024