COMPLICAÇÕES NA SAÚDE DA CRIANÇA EXPOSTA AO CRACK/COCAÍNA DURANTE A GRAVIDEZ

Autores

  • Jéssica Martins de Queiroz
  • Rafaela Teodoro da Silva
  • Lucas Eduardo Correia da Silva
  • Cássio Resende de Morais
  • Caio César Rangel

Resumo

O uso de drogas psicotrópicas configura-se um dos principais problemas na saúde pública brasileira, principalmente em relação à droga conhecida como crack que é derivada da cocaína. A idade média das mulheres usuárias de crack é de 29,6 anos (36,28%). A maioria delas (61,66%) possuem escolaridade entre a 4ª e a 8ª série do Ensino Fundamental. Existem vários motivos sociais, psicológicos e econômicos que aumentam as probabilidades das mulheres se envolverem com drogas e se tornarem dependentes químicas, e mesmo quando gestantes, fica cada vez mais difícil sair da dependência. O uso do crack/cocaína por gestantes tem impactado negativamente o crescimento e desenvolvimento para o feto e recém-nascido, interferindo também na qualidade de vida da mãe e do filho, seja de curto ou a longo prazo. As maiores consequências físicas apresentadas para essas gestantes e o feto/recém-nascido foram parto prematuro, deslocamento de placenta, malformações congênitas, alterações gastrointestinais e neurológicas. As crianças também apresentam complicações futuras, como problema de linguagem, baixo Quociente de Inteligência, dificuldades cognitivas, baixo nível de atenção, dificuldades escolares, emocionais e interativas, bem como complicações neuromotoras, além de apresentar problemas emocionais como baixa autoestima, fobia social, depressão e ansiedade. A maior dificuldade dos agentes de saúde na identificação dessas mulheres, é que a grande maioria delas não quer procurar ajuda por medo de sofrerem preconceitos por sua situação, com isso é importante a elaboração de estratégias sociais e capacitação dos profissionais de saúde, tanto da atenção básica quanto hospitalar, seriam cruciais junto à criação de um protocolo de atenção às gestantes usuárias de drogas, para podermos identificar e melhor acolhê-las. Promovendo assim a reabilitação e inserção dessas usuárias de maneira integral, sem julgamentos, buscando entender o contexto que as levaram à dependência química, possibilitando a diminuição dos desfechos neonatais identificados neste trabalho.

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Publicado

20/04/2021