Direito & Realidade
https://revistas.fucamp.edu.br/index.php/direito-realidade
<p>A Revista Jurídica Direito & Realidade é uma publicação eletrônica que tem natureza interdisciplinar, fluxo contínuo e recebe contribuições em português, inglês e espanhol.</p> <p>A Revista publica artigos e resenhas com as mais diversas abordagens teóricas e metodológicas, que se enquadrem nos campos de pesquisa da área do Direito.</p> <p>Classificação B2 no sistema de avaliação de periódicos Qualis/CAPES, no quadriênio 2017-2020, na área do Direito.</p> <p><strong>A periodicidade da publicação é fluxo contínuo.</strong></p> <p><strong>Qualis B2</strong></p>FUCAMPpt-BRDireito & Realidade2236-0492Os textos assinados são de responsabilidade dos autores, que cedem os direitos autorais à Revista.O BRASIL COMO POLO DE DATA CENTERS DE IA NO SUL GLOBAL: limites regulatórios e riscos socioambientais
https://revistas.fucamp.edu.br/index.php/direito-realidade/article/view/4036
<p>Este artigo analisa os impactos socioambientais da expansão de data centers voltados à inteligência artificial (IA) no Brasil, à luz da emergência climática e da transformação digital acelerada. A pesquisa investiga se o país possui capacidade jurídica e institucional para se consolidar como polo de IA sem violar o princípio da vedação ao retrocesso ambiental e os compromissos climáticos assumidos para a COP30. Adota-se metodologia qualitativa, com base em pesquisa bibliográfica e documental. Os resultados indicam que, embora o Brasil disponha de um arcabouço ambiental robusto, a expansão desses centros vem sendo conduzida com omissões normativas, ausência de licenciamento ambiental e exclusão de comunidades vulneráveis, o que configura riscos de retrocessos socioambientais e intensificação da colonialidade digital. O estudo mostra que experiências internacionais têm avançado na regulação do setor, ao passo que os projetos legislativos brasileiros apresentam lacunas relevantes. Conclui-se que o país, no cenário atual, não está preparado para um desenvolvimento justo e ambientalmente sustentável. Torna-se urgente estabelecer licenciamento ambiental obrigatório, fortalecer a participação social e adotar políticas públicas que integrem justiça climática, tecnologia e soberania digital.</p>Ana Maria de Oliveira NusdeoFernanda Rezende MartinsMaria Paula Resende Gallucci RodriguezDoany Stella Palmeira MartinsGabriel Gregório de OliveiraLuisa Morozetti SilvaMaria Eduarda Fonseca Sant’AnaMaria Luiza Assunção Lima de QueirozMaria Luiza Spessoto
Copyright (c) 2025 Direito & Realidade
2025-11-132025-11-1316INFLUÊNCIAS DO DIREITO CANÔNICO NO DIREITO CIVIL BRASILEIRO SOB O ASPECTO DA FORMAÇÃO DAS FAMÍLIAS
https://revistas.fucamp.edu.br/index.php/direito-realidade/article/view/4062
<p>Os modelos familiares estão em constante evolução, de modo que, novos agrupamentos vão nascendo e modelando a sociedade brasileira, multifacetada. Nesse teor, o Direito Canônico tornou-se uma normativa com influência direta no processo de consolidação do direito civil pátrio, onde tais legislações tornaram uma espécie de “direito subsidiário”, em que o legislador brasileiro “abastece” suas ideias, “desprezando” o anseio de parcela populacional, que busca a plena efetivação da felicidade, sua finalidade primordial. Logo, o presente trabalho é desenvolvido através de uma análise bibliográfica e histórica, buscando compreender o Direito Canônico como fora sua vinda para o Brasil e como foi seu influxo no ordenamento pátrio, e, dessa forma, analisar se as legislações vigentes da Constituição Federal de 1988 e do Código Civil de 2002 são suficientes para garantir os direitos populacionais adquiridos coletivos e individuais, para se chegar à conclusão acerca da influência estudada neste artigo, se fora positiva ou negativa para a população hodierna e quais ações o Estado deve tomar para que os direitos e garantias fundamentais sejam plenos e perenes.</p>Eduardo dos SantosGeilson NunesLuiz Gustavo Amélio Alves Ferreira
Copyright (c) 2025 Direito & Realidade
2025-11-132025-11-1316SOBRE A TUTELA POST MORTEM DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE E “RESSUSCITAÇÃO DIGITAL”
https://revistas.fucamp.edu.br/index.php/direito-realidade/article/view/3913
<p>O acelerado desenvolvimento da inteligência artificial vem possibilitando às pessoas a concretização de realidades antes apenas sonhadas. Notórios se tornaram os casos de parentes que, por meio de IAs generativas, lograram recriar virtualmente parentes mortos, em semelhança à sua imagem, voz, figura e trejeitos. Tal cenário, para além dos debates éticos a ele inerentes, pode ser abordado no mundo jurídico por meio da categoria dos direitos da personalidade e de sua tutela <em>post mortem</em>. Não obstante esta seja objeto de grandes divergências na doutrina, da análise dos diversos posicionamentos exarados por seus respectivos representantes é possível extrair uma base e uma <em>ratio</em> comuns, uma espécie de “núcleo mínimo” da tutela póstuma. A partir do estudo dessas teorias, portanto, o presente trabalho tenciona verificar se a prática da chamada “ressuscitação digital” encontra guarida no Direito brasileiro, albergada pela tutela <em>post mortem</em> dos direitos da personalidade</p>Ana Júlia Silva FerreiraAndré Santos UlhoaHeitor Pedrosa Haddad
Copyright (c) 2025 Direito & Realidade
2025-10-122025-10-1216A APLICAÇÃO DE MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA NOS CASOS DE STALKING SEM VÍNCULO AFETIVO PRÉVIO
https://revistas.fucamp.edu.br/index.php/direito-realidade/article/view/4054
<p>O artigo tem por escopo investigar divergências relacionadas quanto à aplicação da Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), em situações envolvendo o crime de perseguição, (<em>stalking</em>), especialmente quando não há vínculo afetivo prévio entre o suposto agressor e a vítima, mas sim uma ligação emocional unidirecional, sustentada exclusivamente pela percepção do algoz. A problemática central reside na exclusão de determinadas mulheres do escopo de proteção da referida norma em razão da ausência de uma relação íntima de afeto, o que compromete o efetivo acesso à justiça. O método utilizado foi o de revisão bibliográfica e análise jurisprudencial das decisões do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) no período de 2018 a 2024, com o intuito de verificar a forma como o Poder Judiciário tem interpretado os requisitos legais para a aplicação da Lei Maria da Penha. A hipótese levantada é a de que ainda há resistência na ampliação de seu alcance a casos de violência de gênero praticada fora do contexto doméstico ou familiar, o que evidencia uma leitura restritiva da norma. Os resultados indicam a necessidade de ressignificação da exigência de vínculo afetivo, de modo que este não constitua óbice à proteção jurídica de mulheres vítimas de violência motivada por razões de gênero. </p>Thalita Angélica Gomes BorgesLeonardo Henrique Santos SoaresMarcio Henrique Pereira Ponzilacqua
Copyright (c) 2025 Direito & Realidade
2025-11-132025-11-1316AS DECISÕES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E A TESE DA LEGÍTIMA DEFESA DA HONRA: UMA ANÁLISE SOBRE A ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO PRECEITO FUNDAMENTAL 779, DISTRITO FEDERAL
https://revistas.fucamp.edu.br/index.php/direito-realidade/article/view/3962
<p>O presente artigo tem por finalidade o estudo da decisão da Ação de Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 779, julgado pelo Supremo Tribunal Federal envolvendo a tese de legítima defesa da honra e sua declaração de inconstitucionalidade. Para tanto, o trabalho foi dividido em duas partes, visando trazer como objetivo geral o estudo sobre o Tribunal do Júri, apresentando evolução legislativa e atual funcionamento, abordando os procedimentos e fundamentos que asseguram sua validade. Posteriormente, tratando-se do objetivo específico, buscaremos o estudo aprofundado do julgado e os reflexos trazidos pela tese da legítima defesa da honra defendida em plenário do júri para proteção dos direitos fundamentais, principalmente o das mulheres no que tange a erradicação da violência de gênero. Para tanto, utilizou-se como metodologia a revisão bibliográfica sistemática, utilizando-se de doutrinas, obras literárias e artigos jurídicos específicos sobre a temática, além de análise jurisprudencial e legislação para melhor embasamento.</p>Carlos Henrique Miranda JorgeAmanda Santana
Copyright (c) 2025 Direito & Realidade
2025-10-122025-10-1216PIADA NÃO É CRIME! RAZÕES PARA A PREVALÊNCIA DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO SOBRE O PSEUDO RACISMO RECREATIVO
https://revistas.fucamp.edu.br/index.php/direito-realidade/article/view/4061
<p>Este estudo aborda os limites jurídicos da liberdade de expressão humorística diante da proteção contra o racismo no Brasil, especialmente após a inclusão do artigo 20-A na Lei nº 7.716/1989, que passou a prever aumento de pena para crimes raciais praticados em contexto recreativo. A relevância da reflexão é nítida, principalmente em virtude do aumento de casos judiciais envolvendo humor considerado racista e ao impacto dessa discussão sobre a criação artística e a proteção de grupos historicamente marginalizados. O objetivo geral é refletir sobre os limites jurídicos da liberdade de expressão humorística frente ao racismo, com ênfase no racismo recreativo. Os objetivos específicos buscam examinar o conceito e a extensão da liberdade de expressão aplicada ao humor, analisar as distinções entre preconceito, discriminação e racismo, além de investigar o conceito de racismo recreativo e sua aplicação jurisprudencial, com destaque para o julgamento do RHC 193.928-AgRg pelo STJ. A metodologia adotada é dedutiva, descritiva e baseada em revisão bibliográfica, abrangendo doutrina, legislação e jurisprudência. Os resultados indicam que, embora a legislação e a jurisprudência reconheçam a possibilidade de responsabilização por humor racista, a liberdade de expressão mantém caráter preferencial no Brasil, exigindo critérios rigorosos para a sua restrição. Conclui-se que o equilíbrio entre o combate ao racismo e a proteção da liberdade de expressão é fundamental para garantir um ambiente democrático e pluralista, devendo prevalecer o direito fundamental à liberdade de expressão, sob pena de instituir limitações desarrazoadas e perigosas às manifestações humorísticas.</p>Eduardo dos SantosGeilson NunesAntônio Cecilio de Souza Neto
Copyright (c) 2025 Direito & Realidade
2025-11-132025-11-1316Resenha de “Comissão Parlamentar de Inquérito dos Atos Antidemocráticos do Distrito Federal – Relatório Final”
https://revistas.fucamp.edu.br/index.php/direito-realidade/article/view/3878
<p>Trata-se do relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara Legislativa do Distrito Federal, referente ao vandalismo cometido nos dias 12/12/2022, 24/12/2022 e 08/01/2023 em Brasília, capital da República Federativa do Brasil, por bolsonaristas insatisfeitos com o resultado das eleições de 2022 para Presidente da República (o candidato eleito é Luiz Inácio Lula da Silva).</p>Wellington Soares da Costa
Copyright (c) 2025 Direito & Realidade
2025-11-132025-11-1316