DECISÃO DE INVESTIDOR: A INFLUÊNCIA DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL NA DECISÃO DE INVESTIDORES NÃO PROFISSIONAIS

Autores

  • Cleber Broietti Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR)
  • Giovana Aleixo Prado Unespar

Palavras-chave:

Informação contábil, Decisão de investidor, Perfil do investidor.

Resumo

O estudo teve como objetivo verificar a influência das informações contábeis nas decisões dos investidores quanto ao seu perfil. A pesquisa utilizou como aporte teórico as informações contábeis para tomada de decisão, conceitos sobre decisões envolvendo ambientes de incerteza e a classificação do perfil do investidor. O estudo serviu-se do método experimental que contou com participação de 147 estudantes dos cursos de Ciências Contábeis, Administração e Economia. Houve a manipulação das variáveis, informação contábil e ambiente de incerteza, distribuídos em dois cenários, a técnica para análise dos dados foi o Teste Binomial. Os resultados apontaram que a maioria dos participantes (58%), tem o perfil de investidor moderado, sobre as escolhas dos investidores, a quantidade de informação contábil (mais ou menos informação) não foi impactante para as decisões, quanto ao ambiente de incerteza, os resultados apontaram que os investidores preferem a situação de risco comparada as de ambiguidade, para os diferentes tipos de investidores (conservador, moderado e agressivo) identificou que estes agem de maneira diferente quanto a quantidade de informações contábeis e ambientes de incerteza, no qual os investidores conservadores e moderados preferem a situação de risco e o investidor agressivo é o único que prefere as empresas na qual apresentam mais informação contábil, deve-se levar em consideração que esses resultados refere-se a amostra utilizada na pesquisa que é composta por investidores não profissionais, assim sugere-se para pesquisas futuras realizar o estudo com investidores profissionais.

Referências

AGLIARDI, E.; AGLIARDI, R.; SPANJERS, W. Corporate financing decisions under ambiguity: Pecking order and liquidity policy implications. Journal of Business Research, Amsterdã, v.69, p.6012–6020, 2016.

AMORIM, A. D. G. A mediação da Informação Contábil Sob a Ótica da Ciência da Informação. 202 f. Tese (Doutorado em Ciência da Informação), Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.

ARAÚJO, D. J. C.; ANDRADE, J. P.; GIRÃO, L. F. A. P. Atividades distintas de divulgação e investidores sofisticados. Revista de Contabilidade e Finanças, São Paulo, v.31, n.82, p.129-144, 2020.

AUGUSTIN, P.; IZHAKIAN, Y. Ambiguity, Volatility, and Credit Risk. SSRN- Eletronic Journal, Nova York, n.15, p.1-58, 2017.

BANCO CENTRAL DO BRASIL. Banco central do Brasil, Panorama econômico, Brasília, 2021. Disponível em: https://www.bcb.gov.br/. Acesso em: 18 mar. 2021.

BOFF, L. H.; PROCIANOY, J. L.; HOPPEN, N. O uso de informações por analistas de investimento na avaliação de empresas: à procura de padrões. Revista de Administração Contemporânea, Maringá, v.10, n.4, p.169-192, 2006.

BRENNER, M.; IZHAKIAN, Y. Asset pricing and ambiguity: Empirical evidence. Journal of Financial Economics, Amsterdã, v.130, p.503-531, 2018.

CARVALHO, V. G.; SILVA, J. J.; SILVA, C. A. T. Divulgação da Informação Contábil: Influência nas Decisões de Investimentos em Ações. ReCont, Maceió, v.4, n.2, p.36-54, Março, 2013.

CLOTS-FIGUERAS, I.; GONZÁLEZ, R. H.; KUJAL, P. Trust and trustworthiness under information asymetry and ambiguity. Economic Letters, Amsterdã, v.147, p.168-170, 2016.

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Pronunciamento Técnico CPC 00 (R2). Estrutura conceitual para relatório financeiro. Brasília, 2019. Disponível em: http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/573_CPC00(R2).pdf. Acesso em: 15 out. 2021.

COUTINHO, C. P. Metodologia de Investigação em Ciências Sociais e Humanas: Teoria e Prática. 2. ed. Coimbra: Almedina, 2011.

DINIZ, F. B. Finanças Comportamentais: Um estudo sobre o perfil do investidor, o senso de autocontrole e o grau de confiança nas decisões de investimentos no mercado de ações. 96 f. Dissertação (Mestrado em Administração), Universidade Federal do Espírito Santo, Centro Ciências Juridicas e Economicas. Vitória, 2013.

DU, N. Do investors react differently to range and point management earnings forecasts? The Journal of Behavioral Financial, Oxfordshire, v.10, p.195-203, 2009.

ELLSBERG, D. Risk, Ambiguity, and the Savage Axioms. The Quarterly Journal of Economics, Cambridge, v.75, n.4, p.643-669, 1961.

FARINELLI, S.; FERREIRA, M.; ROSELLO, D.; THOENY, M.; TIBILETTI, L. Optimal asset allocation aid system: From ‘‘one-size’’ vs ‘‘tailor-made’’ performance ratio. European Journal of Operational Research, Amsterdã, v.192, p.209–215, 2009.

FÁVERO, L. P.; BELFIORE, P. Análise de dados: técnicas multivariadas exploratórias com SPSS® e Stata®. Rio de Janeiro: Campus Elsevier, 2017.

IUDÍCIBUS, S. et al. Contabilidade introdutória. 8. ed. São Paulo: Atlas, 1994.

HALFELD, Mauro. Investimentos: como administrar melhor seu dinheiro. São Paulo: Fundamentos, 2005.

HAUBERT, F. L. C.; LIMA, C. R. M; LIMA, M. V. A. Finanças Comportamentais: Uma investigação na Teoria do Prospecto e no perfil do investidor de estudantes de cursos stricto sensu portugueses. Revista de Ciências da Administração, Florianópolis, v.16, n.38, p. 183-195, abr. 2014.

HAUBERT, F. L. C.; LIMA, M. V. A. HERLING, L. H. D. Finanças Comportamentais: Um estudo com base na Teoria do Prospecto e no perfil do investidor de estudantes de cursos stricto sensu da Grande Florianópolis. Revista Eletrônica Estratégia e Negócios, Florianópolis v.5, n.2, p. 171-199, mai./ago. 2012.

JANSMA, L.; DANIEL, M. C; HEERDEN, J. D. V. The influence of the South African Market phases on individual risk profiling. Corporate Ownership & Control, Granada, v.7, n.4, p.453-461, 2010.

LIMA, F. G.; FILHO, A. C. S.; COSTA, S. F.; DONZELLI, O. Finanças Comportamentais: o perfil do investidor das salas de ações. In: Seminário de Administração, 9. São Paulo. Anais Eletrônicos [...]. São Paulo: FEA-USP, 2006. Disponível em: http://sistema.semead.com.br/9semead/resultado_semead/trabalhosPDF/399.pdf. Acesso em: 15 set. 2021.

MARION, J. C. Contabilidade empresarial. 15. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

MARION, J. C. Contabilidade empresarial: Livro de Exercícios. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

MENDONÇA, G. H. M.; FERREIRA, F. G. D. C.; CARDOSO, R. T. N.; MARTINS, F. V. C. Multi-attribute decision making applied to financial portfolio optimization problem. Expert Systems with Applications, Amsterdã, v.158, p.1-9, 2020.

PANDELO JR., D. R. Análise do perfil do investidor com base em análise de suas percepções subjetivas de risco e retorno. Revista Cesumar – Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, Maringá, v.15, n.1, p.171-187, jan,/jun. 2010.

RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2015.

RILEY, T. J.; SEMIN, G. R.; YEN, A. C. Patterns of language use in accounting narratives and their impact on investment-related judgments and decisions. Behavioral Research in Accounting, Flórida, v.26, n.1, p.59-84, 2014.

SANTOS, J. O.; BARROS, C. A. S. O que determina a tomada de decisão financeira: razão ou emoção? RBGN, São Paulo, v. 13, n. 38, p. 7-20, jan/mar, 2011.

SMITH, M. Research methods in accounting. London: Sage, 2003.

SPROTEN, A. N.; DIENER, C.; FIEBACH, C. J.; SCHWIEREN, C. Decision making and age: Factors influencing decision making under uncertainty. Journal of Behavioral and Experimental Economics, Amsterdã, v.76, p.43-54, 2018.

TOSCANO JR., L. C. Guia de referência para o mercado financeiro. São Paulo: Edições Inteligentes, 2004.

WINCHEL, J. Investor Reaction to the Ambiguity and Mix of Positive and Negative Argumentation in Favorable Analyst Reports. Contemporary Accounting Research, Toronto, v.32, n.3, p.973–999, 2015.

Downloads

Publicado

05/01/2022