A ABORDAGEM GEOGRÁFICA DO COMÉRCIO ELETRÔNICO:
NOTAS PARA A DISCUSSÃO DO ENSINO DE GEOGRAFIA
Resumo
Os investimentos no setor de tecnologia da informação diversificaram os modos de comunicação, acelerando o acesso da sociedade a esse campo tecnológico e ao mercado após o surgimento da internet. A perspectiva, criada pelos japoneses, de substituição precoce de tecnologias e o auxílio ao consumo em massa, facilitados pela potente ação do capitalismo financeiro, conduzem-nos ao entendimento de que essas tecnologias, no setor de automação e informação, vêm se popularizando cada vez mais rapidamente. No Brasil, os dados recentes do Comércio Eletrônico nos mostram que após dois anos de uma recessão vivenciada pelo setor, em 2022, ele volta a apresentar um crescimento na casa dos dois dígitos (12%), além do país acumular um crescimento de 17% frente à América Latina. Mas essa nova perspectiva nos remete a uma revisão conceitual da ciência que trata da organização espacial sobre a materialização dos objetos e equipamentos presentes no espaço na nova era digital. Dito isso, este trabalho objetiva analisar o cenário do comércio eletrônico no contexto das transformações macroeconômicas e sua aproximação conceitual com a Ciência Geográfica, no âmbito de reconfigurações territoriais, baseado na mobilidade espacial possibilitada pelas novas tecnologias de informação. Neste sentido, o entendimento da abordagem do comércio eletrônico pela Ciência Geográfica nos remete a uma melhor reflexão de como esta temática atual pode ser trabalhada em sala de aula, tanto para o ensino fundamental e médio, como para o ensino superior.